Empresário de SC é apontado pela AGU como um dos financiadores dos atos golpistas em Brasília

Nome de Amir Roberto El Dine, natural de Porto União, consta em pedido da Advocacia-Geral da União para bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas.

 

O empresário catarinense Amir Roberto El Dine é apontado em lista da Advocacia-Geral da União (AGU) como um dos financiadores do transporte dos envolvidos nos atos de terrorismo em Brasília no domingo (8). Ele é de Porto União, no Norte catarinense. O g1 não conseguiu contato com o empresário.O nome de Amir, o único de catarinense divulgado, consta em pedido da AGU para bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas.O grupo, argumenta a AGU, teve “papel decisivo no desenrolar fático” dos ataques às sedes dos Poderes da República e, por isso, “devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal e derivados”.

Além de empresário, Amir é um Caçador, Atirador e Colecionador (CAC). Quem coleciona armas, pratica tiro desportivo ou caça precisa dessa licença, emitida pelo Exército, para comprar armas e munição.De acordo com a Polícia Civil, os CACs podem portar uma única arma exclusivamente durante o trajeto entre casa e clubes de tiro ou locais de caça.

O empresário é formado em direito pela Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu (Uniguaçu) e foi bombeiro militar em Santa Catarina. É casado, filho de um ex-policial militar e irmão de dois policiais, de acordo com relatos nas redes sociais.Em 2018, durante a campanha eleitoral, Amir demonstrou apoio a Jair Bolsonaro. Em publicações mais recentes, fez críticas ao PT e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bloqueio de bens

A AGU pediu que a Justiça Federal do Distrito Federal bloqueie R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas, entre elas Amir, e sete empresas que financiaram o transporte.No domingo, golpistas depredaram as sedes dos três poderes da República – o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.Segundo a AGU, a quantia bloqueada seria usada para ressarcir o poder público pelos danos causados aos prédios – quando houver condenação judicial nesse sentido.

 

Invasão

Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso e STF no domingo. Objetos foram destruídos, gabinetes de autoridades invadidos, documentos rasgados e armas foram roubadas. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais.O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados, que junto com o Senado Federal compõe o Congresso Nacional.

 

FONTE : G1 SC

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