Demitido por Lula, comandante do Exército havia desautorizado Flávio Dino

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu, neste sábado (21/1), o general Júlio César de Arruda do cargo de comandante do Exército. A informação foi divulgada pelo portal “G1”. 
A demissão acontece após a publicação da reportagem de Anthony Faiola e Samantha Schmidte Marina Dias para o “Washington Post”, que apontou que o comandante Júlio César de Arruda disse ao ministro da Justiça, Flávio Dino: 

“Vocês não vão prender gente aqui”. Isso deu a oportunidade a centenas de golpistas escaparem da prisão.Agora, autoridades investigam como prova de “suposto conluio entre militares e policiais e os milhares de manifestantes que invadiram as instituições no coração da jovem democracia brasileira”

O substituto de Júlio César de Arruda será o atual comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

Atos terroristas

A tentativa anunciada de golpe começou a ser colocada em prática por cerca de 100 ônibus que chegaram a Brasília, no sábado (7/1), trazendo em torno de 4 mil pessoas. O grupo estava acampado em frente ao Quartel-General do Exército e desceu rumo à Esplanada dos Ministérios no início da tarde de domingo (8/1).
Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado das eleições gerais de 2022, invadiram o Congresso Nacional, onde ficam Câmara e Senado Federal; o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República; e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), por volta das 14h do último domingo (8/1).

Em resposta, o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou a exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Ibaneis também foi afastado do cargo pelo período de 90 dias, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na segunda-feira (9/1), os golpistas começaram a deixar os acampamentos.
Em reunião com os governadores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  reiterou que agora as investigações se esforçarão para identificar os financiadores do movimento, além dos que já foram detidos em flagrante, que se referiu como possível ‘massa de manobra’.

FONTE : JORNAL ESTADO DE MINAS 

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