Câmara aprova projeto mirando super-ricos e acerta pequenos investidores

Na sessão desta quarta-feira (25), a Câmara dos Deputados aprovou o PL 4173/2023 que altera a tributação dos ativos financeiros no exterior pertencentes a pessoas físicas residentes no Brasil. Esses recursos são aplicados por meio de empresas ou fundos conhecidos como offshores.

Apesar dos parlamentares da base governista afirmarem que o projeto trata da tributação de super-ricos, o deputado catarinense Gilson Marques (Novo-SC) afirma que a medida atinge principalmente os pequenos investidores.

“Mais impostos e o pobre novamente será roubado. O texto aprovado cria um imposto para quem recebe a partir de R$ 6 mil por ano de rendimentos. Isso corresponde a um rendimento médio de menos de 100 dólares por mês. Não é super-rico, são pequenos investidores. Trabalhou, juntou um pouco para investir no exterior? Vai pagar!”, afirma o parlamentar.

Marques também critica o modelo aplicado para os fundos estrangeiros que investem no Brasil. “Se um estrangeiro emprestar para o governo gastar, não será tributado. Mas se ele emprestar para empresas brasileiras empregarem e produzirem, isso sim será tributado. É a lógica socialista que pune a produção. Inacreditável”.
Com a aprovação deste projeto, que agora segue para o Senado, o governo espera arrecadar R$ 20 bilhões por ano e Marques afirma que não vai resolver o problema.

“Não vai adiantar nada, pois essa possível arrecadação não é suficiente para cobrir o déficit esperado de R$ 150 bilhões para 2023. O que o governo precisa é parar de gastar o dinheiro do brasileiro. O Governo está gastando desenfreadamente e nenhum imposto a mais vai resolver. Se você tem uma caixa d’água furada, não adianta botar mais água, tem que fechar o buraco, cortar os gastos”, finaliza o deputado.

Imagem: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

fonte:KARINA BEATRICE FRAINER 

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