Prefeito de Criciúma é preso em operação contra fraudes em licitações funerárias

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, foi preso na manhã desta terça-feira (3), durante a segunda fase da Operação Caronte. Além do prefeito, outras nove pessoas foram detidas em uma ação coordenada pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO). A operação tem como objetivo desmantelar um esquema de fraudes em licitações no serviço funerário da cidade.

As prisões ocorreram nas cidades de Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José, cumprindo ordens judiciais de prisão preventiva. Esta é a segunda fase da operação; na primeira, sete pessoas já haviam sido presas. Segundo as investigações, grupos empresariais, como Crematório Catarinense e Bom Jesus, Menino Deus e Frasseto Serviços Funerários, e Recanto da Paz e Criciúma Serviços Funerários, teriam se unido ao núcleo público para manipular valores e serviços funerários, visando o monopólio e maiores lucros.

Em nota, a Administração Municipal de Criciúma informou estar ciente das prisões e que está reunida para avaliar a situação e emitir um posicionamento oficial sobre o ocorrido. As denúncias apontam que o grupo criminoso alterou leis municipais, documentos e valores de licitações, comprometendo a concorrência e a qualidade dos serviços oferecidos à população.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acusou os envolvidos de organização criminosa, fraudes licitatórias, corrupção e crimes contra a ordem econômica e a economia popular. As investigações apontam que o objetivo do grupo era modular os preços e a qualidade dos serviços funerários de acordo com seus próprios interesses, garantindo maior lucratividade e controle do mercado no município.

Em suas redes sociais, o prefeito Clésio Salvaro, atribuiu o fato a uma “prisão política”.

Deixe um comentário