Episódio racista na Oktoberfest Blumenau

Em Blumenau um episódio racista envolvendo um advogado e um vigilante teve novos esclarecimentos.

O suspeito de cometer as injúrias raciais, identificado como o advogado Luiz Henrique Eltermann Viotti, de 31 anos, foi preso e conduzido à Polícia Civil. Após uma audiência de custódia, ele obteve a liberdade provisória.

O incidente aconteceu por volta das 3h de domingo. Conforme informações contidas no boletim de ocorrência e no depoimento da vítima, que trabalhava como segurança da festa, a situação se deu depois que ele teve que intervir em uma briga entre pavilhões 1 e 2. O advogado, envolvido no tumulto, foi separado e retirado do local.

Segundo o relato da vítima à Polícia Civil, nesse momento, Luiz Henrique começou a proferir xingamentos racistas, incluindo palavras extremamente ofensivas. Ele também tentou impor sua autoridade, afirmando coisas como “você não sabe com quem está falando.”

As imagens obtidas mostram que, ao ser informado de que enfrentaria acusações relacionadas a atos racistas, o suspeito alegou ser advogado e mencionou ser de uma “família grande.”

Após a audiência de custódia no domingo, Luiz foi liberado provisoriamente, sem ter sido algemado, de acordo com o processo. Ele ainda alegou ter sofrido agressões durante sua prisão, embora não tenha certeza se essas agressões foram causadas pela segurança do evento ou pela Polícia Militar. Relatou marcas no pescoço, sugerindo uma situação de asfixia.

A juíza de plantão, Horacy Benta de Souza, decidiu que não havia evidências suficientes para manter Luiz preso preventivamente, uma vez que ele não possuía histórico de crimes anteriores. No entanto, foi submetido a medidas cautelares.

Essas medidas incluem a obrigação de comparecer a todos os procedimentos relacionados ao processo, a proibição de deixar Blumenau por mais de 7 dias sem autorização e a notificação da OAB Blumenau, visto que ele é advogado.

Em nota, a Prefeitura de Blumenau repudiou os atos e informou que o advogado envolvido no tumulto dentro dos pavilhões se recusou a sair de forma amigável e após ser retirado à força do local passou a proferir palavras de cunho racista contra o segurança.

A OAB de SC, bem como a subseção de Blumenau, também se manifestaram sobre o caso em nota de repúdio emitidas ainda na manhã de ontem

fonte: CULTURA FM

 

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