Secretaria de Saúde alerta para o uso racional de medicamentos Objetivo é advertir a população quanto aos riscos causados pela automedicação

Com o propósito de conscientizar quanto aos riscos causados pela automedicação e ingestão inadequada de fármacos, principalmente os antibióticos, a Secretaria de Promoção da Saúde (Semus) faz um alerta à população. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso racional de medicamentos acontece quando o paciente recebe a medicação para tratar as suas condições clínicas em doses adequadas por um período pré-determinado.  Porém, a própria OMS estima que, mais da metade de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza corretamente.

A coordenadora municipal da política de medicamentos e assistência farmacêutica, Lucinéia Largura Vendramini, diz que tomar medicamento é coisa séria. “Por isso é importante conversar com o seu médico, dentista, farmacêutico, enfermeiro ou outro profissional da saúde sobre os cuidados ao adquirir, utilizar, guardar e jogar fora os medicamentos. Em 2022 foram devolvidos diretamente na farmácia solidária ou nos postos de saúde do município mais de 2,2 mil quilos de medicamentos. No primeiro trimestre deste ano já foram devolvidos quase 538 quilos”, comenta.

“Recebemos muitas devoluções de medicamentos nas nossas unidades de saúde, e para que isso não aconteça é muito importante esclarecer as dúvidas sobre os medicamentos receitados, como, para que serve, qual dose (quantidade); quantas vezes ao dia; e, por quanto tempo e quais os horários. Estas e outras dúvidas devem ser esclarecidas no momento da consulta com o profissional de saúde. É importante o paciente saber, também, que há medidas que podem auxiliar na cura de doenças, tais como, dietas, repouso, atividade física, entre outras. Mas lembre-se de que somente um profissional de saúde habilitado pode orientar corretamente a respeito do tratamento das doenças”, acrescenta Lucinéia.

“Vale lembrar que, o alívio da dor ou o desaparecimento dos sintomas não significa a cura da doença. A interrupção do tratamento antes do prazo informado ou em período além do recomendado na receita também pode agravar a doença. Se a patologia for de longa duração ou passageira, o tratamento deve ser bem entendido pelo paciente e seguido com rigor até o final, de acordo com as orientações recebidas”, esclarece a coordenadora.

“Outra situação é com medicamentos indicados por outras pessoas. Esses remédios não devem ser utilizados, porque doenças diferentes podem ter sintomas ou sinais parecidos, mas o uso irracional de um medicamento poderá prejudicar ainda mais a sua saúde”, complementa.

O secretário de Promoção da Saúde, Marcelo Lanzarin, ratifica que a primeira recomendação a ser seguida é a de escutar com atenção as orientações do profissional de saúde e entender o que está sendo prescrito. “Tomando esse cuidado, o uso dos remédios torna-se mais seguro para quem busca manter ou recuperar a saúde.

Lanzarin acrescenta que a recomendação se estende aos medicamentos naturais, que, apesar de serem naturais, ainda são medicamentos, e o uso requer a mesma cautela. Já, nos casos em que o paciente apresentar reações medicamentosas, a orientação é de que busque por sua unidade de saúde de referência para atendimento”, finaliza Lanzarin.

Aquisição de medicamentos
Quando utilizar os serviços públicos de saúde, o paciente tem o direito de receber, gratuitamente, os medicamentos receitados e que façam parte das relações no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da doença. Basta procurar uma unidade de saúde com a receita médica e um documento oficial com foto.

Assessora de imprensa: Elaine Malheiros

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